• Ano Vitícola:  Foi um ano atípico no Douro. O inverno foi soalheiro e seco, padrão que se manteve nos 6 meses seguintes, tendo junho registado a temperatura média mais alta desde 1980. Estes fatores meteorológicos levaram a uma quebra de produção em toda a região, mas essa quebra acabou por resultar numa maior concentração e consequente melhor qualidade das uvas. Devido à adversidade das condições meteorológicas, acabou por ser um ano de grande desafio e resiliência para as videiras. 2017 marca a primeira produção de um Porto Vintage na Quinta dos Frades, o que denota a notável capacidade de adaptação das vinhas velhas às circunstâncias mais adversas que a falta de chuva pode causar. Os vinhos são intensos, com muita fruta preta e de taninos marcados.


• As Castas:  Vinha velha com 23 castas identificadas. Predominância de Touriga Franca, Tinta Amarela, Tinta da Barca, Tinta Carvalha, Tinta Francisca, Tinto Cão, Bastardo, Rufete e Donzelinho.


• Denominação:  DOURO D.O.C.
• Idade das Vinhas:  +90 Anos
• Tipo:  Vinho Tinto Fortificado
• Estilo:  Doce. Porto encorpado e estilo rubi.
• Tipo de solo:  Xisto
• Álcool:  20% Vol.


• Estágio:  2 anos em tonéis antigos de grande dimensão.


• Engarrafamento:  maio 2019
  0,75l › 4.000 garrafas


• O Vinho:  A Quinta dos Frades é a propriedade duriense com os mais antigos registos históricos de que há conhecimento na região do Douro (1256). Foi dominada até ao séc. XIX pela ordem de Cister e, desde esse então, nunca se tinha lançado um vinho do Porto com a marca da quinta. Em 2017, os administradores da Quinta dos Frades e o seu enólogo decidiram aproveitar a qualidade das uvas deste ano extraordinário e vinificar um Porto seguindo a tradição de pisa a pé em lagar de pedra. Dois anos depois, declararam Vintage, tornando-se um marco histórico que se pretende repetir apenas em anos de excecional qualidade.


• Viticultura e Vinificação:  As uvas são vindimadas manualmente em parcelas de vinha muito velhas com selecção dos melhores cachos. Pisa a pé em lagares de granito e o vinho estagia 2 anos em tonéis antigos de grande dimensão.


• Notas de Prova:  Aspeto: núcleo preto muito profundo, com estreita auréola púrpura;
  Aroma: aroma muito pronunciado a fruta preta silvestre, compota de framboesa, aliado a um floral tipo violeta;
  Boca: doce e muito encorpado, com uma enorme concentração de fruta preta silvestre. Taninos muito presentes, mas totalmente recobertos pela fruta. Termina muito longo, com muita frescura, doçura e cremosidade.


• Sugestões de Serviço:  Servir entre 10°C a 14°C. Necessário decantar para separar o depósito formado durante o envelhecimento em garrafa. Acompanha bem uma vasta seleção de queijos, em particular queijo azul (Stilton ou Gorgonzola), queijos ricos e amanteigados (Serra ou Azeitão). É também um bom acompanhamento com sobremesas de frutos silvestres ou de chocolate amargo.


• Análise FQ:  pH: 3,61; Acidez (em ácido tartárico): 6,16 g/L


• Informação alergénica:  Contém Sulfitos


• Enólogo:  Anselmo Mendes