QUINTA DOS FRADES
COLHEITA TARDIA
2017
Dados técnicos
  • Ano Vitícola:  Foi um ano atípico no Douro. O inverno foi soalheiro e seco, padrão que se manteve nos 6 meses seguintes, tendo junho registado a temperatura média mais alta desde 1980. Estes fatores meteorológicos levaram a uma quebra de produção em toda a região, mas essa quebra acabou por resultar numa maior concentração e consequente melhor qualidade das uvas. Devido à adversidade das condições meteorológicas, acabou por ser um ano de grande desafio e resiliência para as videiras. 2017 marca a primeira produção de um Porto Vintage na Quinta dos Frades, o que denota a notável capacidade de adaptação das vinhas velhas às circunstâncias mais adversas que a falta de chuva pode causar. Os vinhos são intensos, com muita fruta preta e de taninos marcados.

  • As Castas:  Vinhas velhas da Quinta com mais de 40 anos de idade e mais de 20 castas diferentes, apesar de, nesta parcela, existir uma preponderância de Touriga Franca.

  • Denominação:  DOURO D.O.C.
  • Idade das Vinhas:  +40 Anos
  • Tipo:  Vinho Tinto Tranquilo
  • Estilo:  Doce, Colheita Tardia.
  • Tipo de solo:  Xisto
  • Álcool:  12,5% Vol.

  • Estágio:  Em pequenos depósitos de inox.

  • Engarrafamento:  junho 2019
    0,375l › 1.600 garrafas

  • O Vinho:  Fruto da conjugação de uvas mais maduras do que o normal e da persistência humana que arrisca mais do que deveria, nasce este vinho Colheita Tardia. Surgiu de uma ideia de fazer um vinho doce não fortificado, nada usual no Douro, mais ainda porque é um tinto! Foi vindimado bem entrado novembro, devido a um outono seco e ensolarado, que permitiu às uvas ganhar açúcar extra mantendo um perfeito estado sanitário. O resultado foi um vinho tinto doce, com grande concentração de açúcar, o qual não foi todo fermentado, tendo permanecido no vinho final. É um dos poucos, se não ó único, colheita tardia TINTO do Douro.

  • Viticultura e Vinificação:  As uvas são pisadas a pé em pequenos lagares de inox. Seguidamente são prensados e o mosto fermenta em pequenas cubas de inox, parando a fermentação de uma forma natural com o frio de Inverno.

  • Notas de Prova:  Aspeto: núcleo preto profundo, com estreita auréola rubi;
    Aroma: aroma muito pronunciado a fruta tipo cereja pretaem licor (ginja) e geleia de amora. Toques balsâmicos;
    Boca: doce, com muito corpo, mas contrabalançado por uma refrescante acidez. Mostra enorme intensidade de fruta, como ginja e amora madura. Muito puro e preciso. Final longo e balsâmico, quase interminável.

  • Sugestões de Serviço:  Servir a 8°C (servir gelado, quer de aperitivo, quer de sobremesa). Acompanha na perfeição foie gras e outros patés, para além de frutos secos. Na sobremesa, servir com cheesecake ou com fondant de frutos silvestres.

  • Análise FQ:  pH: 3,67; Acidez (em ácido tartárico): 6,4 g/L

  • Informação alergénica:  Contém Sulfitos

  • Enólogo:  Anselmo Mendes